O Prêmio Pritzker de 2013 consagrou no domingo, dia 17/03/2013, mais um nome da arquitetura japonesa, o veterano Toyo Ito, de 71 anos, um dos mais celebrados de seu país.
É o sexto japonês a receber o prêmio, que já foi entregue a 37 arquitetos do planeta desde que instituído. No Brasil, Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha são os brasileiros que foram distinguidos.
O Pritzker foi uma espécie de cereja do bolo de uma trajetória bem-sucedida: Toyo Ito já tinha recebido, em 2002, o Leão de Ouro da Bienal de Veneza; em 2006 levou a Medalha Real de Ouro do Royal Institute of British Architects; e, em 2010, o Praemium Imperiale 22 (em honra do príncipe Takamatsu).
Criando arquitetura há mais de 40 anos, Ito tem uma obra completa e multifacetada, distribuída em bibliotecas, casas, museus, parques, teatros, lojas, escritórios, edifícios e pavilhões. O Pritzker é a mais importante distinção da arquitetura mundial, e concede ao vencedor um cheque de US$ 100 mil (cerca de R$ 200 mil) e uma medalha de bronze em uma cerimônia que acontecerá na John F. Kennedy Presidential Library, em Boston.
Entre as obras mais badaladas de Ito, estão o Museu de Arquitetura Daici Ano, o Serpentine Gallery Pavilion de Londres e a Torre dos Ventos de Kanagawa. Já o júri destacou a Mediateca de Sendai pelo uso inovador de tubos estruturais; o edifício Tod Omotesando, em Tóquio, “onde a pele do edifício também serve como estrutura”; e a Tama Art Biblioteca Universitária de Tóquio.
Ito disse, ao receber o prêmio, que o reconhecimento só o torna mais “dolorosamente consciente de inadequação, e isto se transforma em estímulo para o próximo projeto”. São muitos projetos em andamento, como a Taichung Metropolitan Opera House, em Taiwan.
“Embora Toyo Ito tenha construído uma grande quantidade de edifícios, na minha opinião, ele vem trabalhando em uma ideia comum ao longo de sua carreira – ultrapassar os limites da arquitetura. E para atingir esse objetivo, ele não tem medo de superar suas conquistas anteriores”, afirmou Yung Ho Chang, membro do júri do Pritzker.
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo.