Vamos esclarecer de uma vez por todas o papel de cada profissional, e deixar esta preocupação excessiva pelos Projetos de Lei que preveem eliminação de atividades privativas da profissão do Arquiteto e Urbanista, tão defendida pela CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo.
A produção de um ambiente, feito por um #Decorador, é a última etapa de um projeto de construção ou reforma. Esses pequenos detalhes que não exigem obra, podem rapidamente transformar o ambiente e funciona muito bem para aquelas pessoas que simplesmente querem dar uma repaginada em sua casa, com apenas escolhas de acessórios, móveis ou mudança nas cores das paredes, etc. Assim a atuação de um decorador é limitada, pois restringe-se às escolhas de acessórios, por isto não há exigência de formação acadêmica para atuar. O profissional de produção de ambientes pode ser até um autodidata, com um nato talento pelo design.
O Designer de Interiores, além do trabalho do decorador, que vem ao final do projeto, tem a função de elaborar o espaço coerentemente, seguindo normas técnicas para entregar um projeto com rigoroso cuidado com os confortos ergonômico, acústico, térmico e luminoso, além de ser um profissional capaz de captar as reais necessidades dos clientes, concretizando estas expectativas através de projetos inteligentes, funcionais e de ótimo apelo estético. Mas o #DesignerdeInteriores tem algumas restrições de atuação também, pois não pode executar uma alteração estrutural do ambiente, precisando para isto o parecer de um profissional de arquitetura ou engenharia civil, muito embora sua formação possa até se dar em curso de bacharelado consistente.
Já a graduação para a formação de um #Arquiteto, que dura 5 anos, chancela competência técnica para o profissional atuar em várias áreas. Começa desde a implantação no terreno da edificação projetada por ele, passa por acompanhar toda a gestão da obra, até a sua finalização, que aí compreende inclusive os serviços de arquitetura de interiores (feito também por designers de interiores), e finalmente a produção de ambientes (feito também por decoradores).
Ou seja, estas três profissões são complementares, e só agregam! Todas requerem paixão, sensibilidade estética e conhecimento.
Pensem mais sobre esta campanha que os Arquitetos e Urbanistas estão fazendo para derrubar o Projeto de Lei nº 9818/2018, que “revoga os parágrafos 1º e 2º do Art. 3º da Lei 12.378 de 31 de dezembro julho de 2010”; e o Projeto de Decreto Legislativo nº 910, de 2018, que “susta os efeitos da Resolução nº 51, de 12 de julho de 2013, editada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU”. Há espaço de trabalho para todos. Existe decorador com mais conhecimento que um arquiteto, ou um designer de interiores. Existe também um designer que dá show no que faz, mas respeita a legalidade de atuação de sua profissão.
Vamos trabalhar! Deixar de tanto “mi mi mi”…..