Cadeiras que marcaram a História do Design



Conheça um pouco mais sobre as cadeiras que marcaram a história do design mundial e se tornaram ícones.

Cadeira Wassily – Marcel Breuer, 1925. Apesar de haver uma crença popular nesse sentido, essa cadeira não foi projetada para o pintor abstrato Wassily Kandinsky. Com seu design racional e construtivo, essa peça é, no entanto, um símbolo da escola Bauhaus, onde o pintor era professor na mesma época em que Breuer era o chefe da marcenaria. A história mais aceita seria de que o artista viu o móvel e admirou seu projeto, então Breuer fabricou uma dupla dessas cadeiras para os aposentos pessoais de Kandinsky, o que fez com que a peça ficasse conhecida como “Wassily” décadas mais tarde, quando foi relançada pela fabricante italiana Gavina, que apurou essa história.
 
 
Eames Lounge Chair – Charles e Ray Eames, 1956. Feita de madeira compensada moldada e couro, essa peça desenhada para a Herman Miller levou anos para ser desenvolvida. Foi o primeiro móvel desenhado pelo casal Eames para o mercado high-end, pois eles costumavam desenvolver móveis que pudessem ser produzidos em massa e com preço acessível, sendo a Eames Lounge Chair uma exceção. Este item de luxo foi inspirado pelas tradicionais cadeiras de couro inglesas (“Club Chairs”). Segundo os autores, eles queriam reproduzir uma aparência calorosa e receptiva, como se fosse uma luva de baseball usada! De grande relevância histórica, e amplamente difundida no mercado do mundo inteiro, essa peça faz parte da coleção permanente do MoMa – Museu de Arte Moderna de Nova York.
 
 
Cadeira Tulipa – Eero Saarinen, 1955. Desenhada para a empresa Knoll, de Nova York, essa linha de cadeiras foi imaginada para complementar a mesa de jantar da mesma coleção. Suas linhas curvas e suaves são uma marca do modernismo e naquela época o formato era considerado experimental para os materiais e tecnologias disponíveis. Enquanto inicialmente essa cadeira era considerada futurista, por suas curvas e material artificial, hoje ela se tornou um clássico do desenho industrial, por se tratar de um móvel feito com uma única peça, inteira de fibra de vidro.
 
 
Cadeira Barcelona – Mies van der Rohe e Lilly Reich, 1929. Projetada originalmente para receber a realeza espanhola no Pavilhão Alemão da Exposição Internacional de Barcelona em 1929, essa cadeira se tornou um ícone do design moderno, presente em milhares de casas e escritórios no mundo todo. O quadro havia sido inicialmente concebido para ser parafusado, mas foi redesenhado em 1950 utilizando o aço inoxidável, o que permitiu que fosse feito por uma só peça perfeita de metal, dando uma aparência mais suave.
 
 
Cadeira Egg – Arne Jacobsen, 1958. Essa peça de traços marcantes e extremamente confortável foi originalmente projetada para o hotel Radisson SAS em Copenhague, na Dinamarca, a cadeira Egg é editada até hoje pela tradicional fabricante escandinava Fritz Hansen. O desenho leva o estilo típico de Jacobsen, com materiais de primeira qualidade. Acredita-se que a peça tem inspiração na cadeira “Womb”, do também escandinavo Eero Saarinen.
 
 
Cadeira Bertoia – Harry Bertoia, 1952. Entre as realizações mais reconhecidas do design moderno de meados do século, a série de cadeiras de Harry Bertoia para a Knoll inclui a “Side Chair” e também a “Diamond Chair”. O trabalho destaca-se por ter explorado novas possibilidades a partir de um material industrial, o aço, elevando-a para além de sua utilidade normal. As formas fluidas e esculturais são alcançadas através de um trabalho com aço soldado em forma de treliças. Nas próprias palavras de Bertoia, “se você olhar para estas cadeiras, elas são feitas principalmente de ar, como escultura. O espaço passa através delas”.
 
 
LC2 – Le Corbusier, 1928. Introduzida durante o Salon d’autumne em Paris, a série de móveis assinada pelo arquiteto Le Corbusier teve participação de sua equipe de designers, que contava com nomes como Charlotte Perriand e Pierre Jeanneret. Os desenhos são resultado da necessidade de preencher seus projetos modernos com um mobiliário que seguisse a mesma linguagem. Segundo Le Corbusier definiu, esses móveis são pensados como extensões de nossos membros, adaptadas às nossas necessidades como um servo dócil, discreto e modesto. A constituição das cadeiras da série LC reforça esses dois principais objetivos: conforto e neutralidade.
 
 
Cadeira Panton – Verner Panton, 1965. Essa cadeira de plástico em forma de S foi a primeira cadeira de plástico moldado em uma só peça do mundo. Uma das obras-primas do design dinamarquês, é uma peça empilhável, cuja estrutura exibe um balanço e uma continuidade sem precedentes. Apresentado pelo jovem designer à fabricante Vitra, esse desenho marcante ganhou o mundo, em diversas cores e tamanhos, sendo hoje um dos maiores ícones do design de móveis.
 
 
Cadeira Wishbone – Hans J. Wegner, 1949. Mesmo se você não é um entusiasta de design e não sabe o seu nome, é grande a chance de você já ter visto ou até mesmo sentado na cadeira “Wishbone” (em homenagem ao formato daquele ossinho de frango que popularmente é puxado por duas pessoas para fazer um desejo). Em produção há mais de 60 anos, essa cadeira de jantar foi um dos primeiros desenhos de Hans J. Wegner para Carl Hansen & Son. Com linhas limpas e um estilo simples, à moda escandinava, essa é uma peça produzida artesanalmente, sempre da mesma forma, pelas mãos de habilidosos artesãos. Compõem a cadeira ao todo 14 peças, que exigem 100 processos separados e cerca de 3 semanas de preparação.
 
 
Cadeira “Red and Blue” – Gerrit Rietveld, 1917. Essa peça é um ícone não só do design, mas também da arte. Ela representa uma das primeiras explorações em três dimensões do movimento de arte holandês De Stijl, do qual fez parte o famoso pintor Piet Mondrian. Enquanto protótipo, a cadeira originalmente foi pintada de preto, cinza e branco. Foi após uma sugestão do arquiteto Bart van der Leck, que pertencia ao mesmo grupo, que ela ganhou suas cores marcantes. Essa peça pertence ao acervo de diversos museus e é objeto de desejo para muitos arquitetos, designers e entusiastas, tanto por seu valor histórico quanto por sua construção simples e atraente.
 
 
Fonte: www.arkpad.com.br
 
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